A diversificação e a forma como o mercado da boa forma está se expandindo foi o assunto da 11a edição do encontro Estadão PME (Pequenas e Médias Empresas). Uma rodada de debates que contou com nomes importantes da área para discutir os rumos do fitness no Brasil.
O evento, que aconteceu na segunda semana de dezembro, teve a participação de Paulo Akiau, sócio da Tribes Company, conglomerado que representa as empresas W12, Body Systems, Core 3600 e Portal da Educação Física, falou sobre os rumos do mercado ao lado de Edgard Corona, dono da rede Bio Ritmo e SmartFit.
Em entrevista ao jornal Estadão, Akiau destacou a diferença entre o mercado de academias do Brasil e do exterior.
“As academias brasileiras são nitidamente mais vazias que em mercados mais maduros, como é o caso dos Estados Unidos. A gente não consegue colocar um aluno por metro quadrado construído e o faturamento dos empresários é, comparativamente, bem mais baixo do que nos Estados Unidos.”
Além disso, a inovação e o foco em novos nichos de mercado podem fazer a diferença quando o assunto é se destacar entre as milhares de academias espalhadas pelo país.
“A gente tem de ampliar o leque de opções. Nossa empresa nasceu como uma solução para academias, mas estamos hoje saindo desse universo exclusivo, atuando no universo de educação física. Hoje o nosso faturamento está bem dividido entre as empresas, sendo que a Body Systems representa 50% do nosso faturamento total. Só que a proporção vem mudando rapidamente e, em breve, imagino uma transfomação nessa configuração”, afirmou Akiau.
As academias e a era da tecnologia
A tecnologia passou a ser indispensável na vida das pessoas. No mundo dos negócios ela é mais importante ainda. Dessa forma, estar antenado e conectar os clientes à academia faz a diferença no hora de escolher onde ele irá treinar. A W12 é exemplo disso. Desenvolvedora de softwares de gestão para academias, a empresa ajuda o empresário a ter a visão macro do negócio e a se interligar com seus alunos, sendo que muitos deles já estão abrindo os olhos para isso.
“A W12 cresceu muito rapidamente e acho que poderemos ter muito em breve nossas soluções de tecnologia e gestão colocadas em um número de clientes muito similar aos 1,3 mil que temos atualmente na Body Systems”, ressaltou o sócio da Tribes.
Novos mercados e o Personal Trainer
Manter-se em contato com as novidades do mercado e agregar novas modalidades à grade de horários é estar um passo à frente da concorrência. De uns anos para cá, muitos profisisonais se tornaram donos do próprio negócio ao atuarem como Personal Trainers. Com isso, estar ligado com os rumos do mercado é imprescindível para quem quer se firmar nessa área. A qualificação constante e o contato com novas categorias do fitness, como o treinamento funcional desenvolvido pelo Core 3600, podem impactar positivamente na carreira.
“O universo de Personal Trainer é muito interessante. Provavelmente, você vai encontrar esse profissional ganhando dinheiro e posicionado numa faixa de renda que pode ser classificada como média-alta em número maior do que os donos de academias, que não estão ganhando tanto assim. Nossa empresa de treinamento cresce porque está posicionada para atender justamente esse profissional”, finalizou Akiau.
Por Portal EF