Convivendo e tratando diariamente essas pessoas ouço muitos comentários que podem ser enquadrados como mitos e que, se esclarecidos, vão te ajudar a enfrentar melhor esse problema:
– “Preciso de um tênis melhor”:Não é um tênis melhor que irá curar a sua fascite plantar. A maneira como você corre é mais importante do que os acessórios que você usa para correr. Por exemplo, mesmo com a tecnologia mais avançada, um tênis não é capaz de absorver impacto tão bem quanto seu próprio corpo, se você estiver correndo com uma boa biomecânica. O tênis te dará apenas uma sensação de conforto e “maciez” na pisada, mas o seu calcanhar continuará sofrendo com o impacto.
– “Foi falta de alongamento”:O alongamento não previne lesões na corrida. Essa notícia já se espalhou entre os corredores, mas quem ainda não sabia, pare de se sentir culpado achando que se machucou porque não alongou o suficiente. Ascausas das lesõesna corrida são muita mais complexas do que alongar ou não.
Já durante o tratamento, o alongamento da sola do pé é importante para devolver a flexibilidade da fascia plantar que, quando doente, tende a ficar mais enrijecida.
– “Não formou esporão, então não é grave”:Oesporão do calcâneoé algo que pode acompanhar a fascite plantar, mas atualmente há uma discussão se as duas coisas patologias tem mesmo uma ligação tão direta como pensávamos. O fato é que a fascite plantar por si só é um dos problemas mais complicados da corrida e se não tratada precocemente pode se tornar algo crônico e de resolução complicada.
E quando eu digo crônico me refiro há períodos de meses, que podem ultrapassar um ano. Eu sei como é difícil para você, apaixonado por corrida, ficar algumas semanas sem treinar para fazer um tratamento. Mas no caso da fascite plantar isso é algo importante pensando a longo prazo. O que é pior, ficar um ou 12 meses sem correr?
Matéria publicada pelo site Eu Atleta