Pais recorrem ao esporte para filhos na luta contra a obesidade

Pais e filhos na luta contra a obesidade encontram em diversas modalidades do esporte disposição e emagrecimento.
 
Orlando Gomes da Silva, de oito anos, treina jiu-jitsu há pouco mais de um ano e nesse período, já conquistou muitas medalhas. A  mais recente foi a medalha de ouro no Amazonense de Jiu-jitsu, no dia 18 de abril, na categoria pesadíssimo, mas essas conquistas começaram com um kimono que Orlando ganhou do seu pai no início de 2014. O principal motivo do presente foi incentivar o menino a praticar um esporte contra a obesidade.
 
Michele Gomes, mãe de Orlando, conta que o filho, por causa do peso, começava a ficar cansado durante as brincadeiras. “Aos sete anos, ele estava pesando 39 quilos. A gente pensou em colocar ele no futebol, mas não deu. No início do ano, o pai do Orlando apareceu com um kimono, pois ele estava ficando gordinho e ele ficava cansado só de jogar futebol no quintal de casa. Dava para ver que ele não tinha fôlego”, conta.
 
Após um ano de treinos, cinco vezes por semana, Michele conta que Orlando desenvolveu, e hoje tem resistência para encarar os treinos físicos, que são bem puxados. “Ele desenvolveu. Ajudou no crescimento, o Orlando “esticou”,  ficou mais maduro, hoje ele treina a parte física, que é puxada, e aguenta os treinos”, explica.
 
Já no caso de Igor Silva Ficagma, as piscinas foram a alternativa para o garoto de 10 anos perder peso. A mãe de Igor, Lizandra Silva, diz que ele começou a apresentar aumento de peso dos cinco para os seis anos. O garoto começou a nadar, mas a rotina de treino não era regular até que ele parou.
 
Há três meses, Lizandra notou que o filho estava ficando cheinho e com isso os problemas respiratórios e o cansaço começaram a aparecer. O alerta do médico foi o suficiente para a rotina de Igor mudar. Hoje, o menino treina duas vezes por semana na Aquática Amazonas e perdeu sete quilos.
 
“Há um ano, eu comecei a fazer modificações que pudessem fazer uma melhoria para a qualidade de vida dele. Não só atividade fisica, como alimentação também. No início do ano, quando ele voltou a nadar, percebi que ele tem estabilizado o peso. Escolhi a natação porque ele gosta de nadar, aí fica mais fácil ainda”, explicou.
Luta Olímpica também é opção
 
Quem também, literalmente, luta para ter uma vida mais saudável, é a estudante do Colégio Militar da Polícia Militar (CMPM), Layane Miranda, de 12 anos, que começou a praticar luta olímpica recentemente. Ela já lutava jiu-jitsu há dois anos, mas mesmo praticando uma atividade física, a estudante, que é faixa laranja, começou a apresentar sobrepeso.
 
O irmão de Layane, Wilson Miranda, contou que a menina, que tem 1,46 de altura, estava começando a ter sobrespeso. “Ela tem 12 anos e estava com 53 quilos e estava começando a ficar desproporcional à altura dela, ela é baixa. Com a luta olímpica ela foi perdendo peso e hoje ela está no peso ideal”, disse.
 
Desde que começou a treinar, Layane se destacou na luta e já ganhou o primeiro lugar nas três competições que participou:  os II Jogos Internos das unidades CMPM do Amazonas, da I Copa Manaus de Grappling e da I Copa CMPM de Luta Olímpica. Layane conta que após começar a treinar a luta olímpica, a disposição aumentou. “Desde que eu comecei a treinar luta olímpica, eu fiquei mais disposta. Com os treinos, a minha disposição melhorou. Tive mais disposição e mais energia”, disse.
 
O professor de Layane, Tasso Alves, disse que ela é um “dos talentos” dele. Mesmo com pouco tempo praticando a luta, já consegue enfrentar lutadoras mais velhas. Atualmente, Alves conta que está preparando Layane para disputar os Jogos Escolares que acontecem em junho.
 
Matéria publicada pelo site A Crítica

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