Genes podem interferir na absorção de vitaminas pelo nosso organismoMuitas vezes quando o atleta está se preparando, põe seu foco no treino e na ingestão calórica, mas acaba se esquecendo de algo muito importante para a sua performance: o equilíbrio de micronutrientes. Essas moléculas tão primordiais para o equilíbrio do nosso corpo também dependem e muito da nossa genética. As vitaminas são substância essenciais para o funcionamento adequado do organismo. O nosso corpo por si só não é capaz de produzir essas moléculas e as mesmas são obtidas em sua maioria na forma de precursores através da alimentação. Esses micronutrientes possuem um importante papel na produção de energia, manutenção da saúde óssea, funcionamento adequado do sistema imune e proteção do organismo contra o estresse oxidativo. Eles também são essenciais para a síntese e reparo do tecido muscular durante a recuperação do exercício e nos processos de lesão. O exercício ativa diversas vias metabólicas em que os micronutrientes são requeridos e o organismo necessita de uma adaptação bioquímica muscular que aumenta a necessidade dessas substâncias. As principais vitaminas que merecem uma preocupação em relação aos atletas são a D, B, e as antioxidantes como a A, C e E. As vitaminas antioxidantes possuem um importante papel na proteção das membranas celulares contra o dano oxidativo. Devido ao exercício, o consumo de oxigênio pode aumentar em até 15 vezes e vem sendo estabelecido que exercícios de longa duração produzem um estresse oxidativo constante nas células, principalmente nas musculares, permitido a peroxidação lipídica das membranas. Além disso, para o atleta, o bom funcionamento do sistema imunológico também é importante para o preparo e performance e esses micronutrientes contribuem para esse equilíbrio. Variações genéticas em proteínas e enzimas responsáveis pela metabolização e transporte das vitaminas fazem com que cada um absorva esses nutrientes de maneira diferente, sendo que a dose diária recomendada pelos consensos pode não ser a adequada para muitos, podendo acarretar em deficiências e desequilíbrio metabólico. Alguns exemplos de variantes que alteram os níveis de vitaminas antioxidantes no organismo: A vitamina A é fundamental para várias funções no organismo, incluindo a visão, o sistema imunológico, crescimento ósseo e a regulação da expressão de diversos genes. A maior parte da vitamina A encontrada em nosso organismo é derivada do beta-caroteno, um nutriente encontrado em algumas plantas e alimentos como cenoura, abóbora, batata doce etc. Estudos demonstram que a conversão do beta-caroteno em vitamina A é deficiente em indivíduos portadores de uma variação no gene BCMO1. Indivíduos com essa variação podem priorizar a ingestão da vitamina A pré-formada. A função da vitamina E é otimizar o funcionamento do sistema imune e regular diversos processos metabólicos. No esporte, a vitamina E é importante para a redução do processo inflamatório do músculo e recuperação do exercício físico. Um estudo realizado com 3.891 indivíduos demonstrou que uma variante genética localizada próxima ao gene APOA5 influência nos níveis individuais de vitamina E, sinalizando que algumas pessoas devem priorizar mais alimentos ricos nessa vitamina. Após a ingestão, a vitamina C é transportada através das membranas celulares via proteínas transportadoras. Uma delas a SLC23A1 possui uma variante que está associada a níveis diminuídos dessa vitamina no organismo. Pessoas com essa variante necessitam de um acompanhamento para verificar se há deficiência da vitamina. Para o exercício físico, o equilíbrio desse nutriente é essencial e está associado a uma melhora da performance. Matéria publicada pelo site Eu Atleta

Muitas vezes quando o atleta está se preparando, põe seu foco no treino e na ingestão…