A proximidade do verão começa a movimentar as academias em todo o Paraná. Deixar o corpo em forma para a estação mais quente do ano requer na maioria das vezes malhação pesada e muito suor.
O Sindicato dos Profissionais de Educação Física (Sinpefepar) alerta a população para os malefícios da ginástica sem orientação, realizada por profissionais leigos ou em locais inapropriados. Somente em outubro, 37 academias que estavam irregulares foram fechadas em Curitiba segundo dados do CREF-PR.
Entre os principais motivos estão a falta de alvará de funcionamento, registro junto ao conselho e contratação de profissionais não habilitados. “Muitas academias não possuem professores graduados. Os treinos devem ser passados por educadores físicos graduados. Mesmo os estagiários não podem fazer este trabalho”, afirma Sérgio Nascimento, presidente da entidade sindical.
De acordo com Sérgio, problemas graves podem ocorrer caso o aluno receba orientação inadequada para prática de exercícios. “O aluno pode desenvolver dores musculares, lesões, cefaléia, problemas articulares, e até alteração cardíaca e na pressão arterial”, explica.
Sérgio lembra que “já se encontra em vigor a lei que obriga as academias informar o número de registro do profissional em local visível aos alunos. O ato de verificar estas condições no momento da matrícula auxilia no combate a esta realidade no Paraná”.
Aumenta o movimento também nas academias ao ar livre
A procura pelas academias ao ar livre, presentes em quase todos os municípios do Paraná, também deve aumentar com a chegada do calor. Contudo, sem a orientação adequada de profissionais, a prática de ginástica nestes locais pode se tornar um problema para a população. “As academias ao ar livre são eficientes para a obtenção de uma melhora na qualidade de vida das pessoas. Entretanto, com orientação. O que vemos hoje são uma série de distensões, além de diversos outros acidentes mais graves ocasionados pela prática errada dos exercícios”, diz o presidente do Sinpefepar.
O tema foi alvo de discussões da câmara dos deputados em Brasília no mês de Abril. O deputado João Arruda discursou sobre o assunto e enfatizou: “Já tivemos problemas no passado em relação às academias ao ar livre, inclusive de jovens e crianças que tiveram seus dedos amputados nestes locais”.
Sérgio Nascimento orienta as pessoas que utilizarem estes locais tenham bastante cuidado e procurem uma orientação, nem que inicial, de como utilizar os aparelhos de ginástica. “O profissional irá passar uma série de exercícios e como realizá-los corretamente”, indica.
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