Exercícios ajudam no tratamento da fibromialgia

Doença crônica de causa ainda desconhecida, a fibromialgia atinge principalmente as mulheres em idade produtiva de suas vidas, com transtornos psicológicos e sociais, familiares e no trabalho, o que a torna incapacitante, por vezes.
 
 
Seu tratamento traz ao médico e ao paciente alternativas medicamentosas variadas, como os anti-inflamatórios hormonais (os corticóides) e não hormonais, ansiolíticos, anti-depressivos, relaxantes musculares entre outros.
 
Independente do tratamento medicamentoso instituído, a atividade física e exercícios regulares ajudam muito no combate da doença. Não só pela capacidade analgésica das substâncias liberadas normalmente pelo exercício, mas também por capacitar o praticante a uma vida mais livre e independente, fazendo frente aos transtornos trazidos pela doença.
 
Não se sabe ao certo qual o mecanismo em que o exercício regular ajuda aos doentes. As evidencias científicas comprovadas através de estudos controlados ao redor do mundo mostram que a prática é indispensável como coadjuvante do tratamento clínico e medicamentoso da fibromialgia. No entanto, qual exercício é o melhor ainda carece de explicações.
 
Interessante notar também que o exercício regular diminui a dor nos pontos álgicos, característicos da doença, independente se a prática realizada envolve diretamente a esses pontos. Além desse aspecto, o exercício regular desvia a atenção do fibromiálgico inativo da dor.
 
A sensação de dor generalizada, sintoma da fibromialgia, também torna-se de menor intensidade, chegando a trazer conforto aos doentes que se livram de episódios incapacitantes. Montar um programa de treinamento para esses pacientes exige certos cuidados. O acompanhamento de médico especialista em Reumatologia é fundamental e indispensável.
 
Como toda atividade física, o início é no consultório de um médico, de preferência especialista em Medicina do Esporte. Além do exame físico, estudando as articulações, segmentos corporais e postura sob a ótica da biomecânica e do movimento, exames complementares passam a ser indispensáveis para quantificar a capacidade aeróbia, de flexibilidade e resistência muscular localizada.
 
Feito isso, o trabalho aeróbio deve ficar na intensidade compatível com exercício moderado, com duração de cerca de 30 minutos por sessão para os iniciantes, sendo repetido 3 vezes por semana. Algumas vezes o trabalho cíclico prolongado, repetitivo, pode trazer certo desconforto ao praticante. Deve-se insistir na sua manutenção e permitir seu fracionamento ao longo do dia de sessão.
 
Os exercícios de musculação, resistência muscular localizada, serão realizados com os grandes grupos musculares dos braços e pernas, abdômen e costas. Deve-se ter em mente que esses pacientes vem de longos períodos de pouca atividade física o que leva a hipotrofia muscular de maneira geral, a chamada “sarcopenia”. O estímulo oferecido deverá ser compatível com a capacidade individual de oferecer resistência e ser leve, sem ser jamais descartado.
 
Por ser doença que atinge também as fibrocartilagens, a diminuição da amplitude de movimentos articulares está presente. Deve ser tratada com exercícios de alongamento estático, de todos os segmentos, ou seja, de maneira geral. Lembre-se que a dor é um ótimo sinal de alarme, principalmente para esses doentes. Ao seu sinal, interrompa a atividade e procure seu reumatologista e seu médico do esporte assistente para novas orientações.
 
Matéria publicada pelo site Minha Vida

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