O corpo humano é complexo e perfeito para realizar todas as suas funções. Porém, quando algo não funciona muito bem, alguns incômodos podem aparecer. O suor, por exemplo, é fundamental para o controle da temperatura interna do organismo, no entanto, ao se manifestar de forma excessiva, a sudorese configura a hiperidrose, uma doença que causa constrangimentos e influencia em diversas situações cotidianas.
Existem algumas regiões de mais incidência na hiperidrose. A planta dos pés é um local comum e o suor ali pode gerar grandes transtornos, sendo o maior deles o popular chulé. Embora a hiperidrose plantar não seja tão visível quanto a palmar ou nas axilas, devemos dar atenção especial a eles.
Manter os pés fechados no outono e inverno pode ser um perigo. Usar meias e sapatos fechados por muito tempo pode converter num terreno fértil para a proliferação de bactérias e fungos, o que resulta em odor e até mesmo em pé de atleta, a conhecida e indesejada frieira. A umidade contínua acaba por causar bolhas, irritação da pele e infecção localizada.
No verão também não se pode descuidar. O tempo quente costuma agravar a situação e fazer com que as glândulas sudoríparas, responsáveis pela transpiração, tenham que trabalhar de modo mais ativo para resfriar a temperatura corporal, que deve ficar entre 36,5 ºC.
Independentemente da época do ano, é preciso manter os pés sempre bem limpos e secos. Os sapatos devem ser respiráveis, evitando as solas de borracha e o uso de tênis quando você não estiver praticando exercício físico. Para as meias é melhor escolher as de algodão em vez de fibras sintéticas.
Quem sofre com a hiperidrose sabe que, mesmo em momentos que o corpo está em repouso, as glândulas são continuamente estimuladas. A doença, que atinge 2,5% da população mundial, pode levar a uma sensação de desconforto significativo, tanto físico como emocional. O portador da hiperidrose tem sua autoestima fortemente comprometida, pois o suor em excesso é associado a situações de nervosismo, ansiedade e insegurança.
A Sociedade Internacional de Hiperidrose aconselha três tratamentos para hiperidrose plantar: antiperspirante, iontoforensis e botox. Nossa recomendação é tentar os métodos menos invasivos antes de partir para cirurgia. Em primeiro lugar, deve-se usar o antiperspirante com cloreto de alumínio Perspirex, que é aprovado pela Anvisa, e seguir as instruções de uso do cosmético para obter o melhor resultado.
Se isso não for suficiente, o próximo passo é consultar um especialista que possa aconselhar e indicar outros tratamentos para a doença. O mais importante é entender que o problema tem solução. Só é preciso buscar ajuda!
Paulo Guerra é diretor da Osler do Brasil, responsável pela distribuição de Perspirex.
Matéria publicada no site Segs