Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 indicam que o brasileiro está se exercitando mais, com um aumento de 18% nos últimos seis anos.
De acordo com a pesquisa, 35,3% dos entrevistados disseram dedicar pelo menos 150 minutos de seu tempo livre na semana com exercícios (período recomendado pela Organização Mundial da Saúde). Em 2009, o índice era 29,9%.
Os homens são mais ativos do que as mulheres – 41,6% deles praticam exercícios no prazo recomendado contra 30% delas. Os jovens são os que mais se exercitam, com índice de 50%. A escolaridade aparece como fator importante na prática de atividades físicas. Enquanto 47,8% das pessoas com 12 anos de estudo ou mais se exercitam no tempo livre, a taxa é 22,9% entre os que têm até oito anos de estudo.
A pesquisa destaca que, embora o número de pessoas que disseram praticar atividades físicas seja maior do que o dos que não se exercitam, o índice da população fisicamente inativa (que não praticou nenhuma atividade física nos últimos três meses) ainda é alto: 15,4%.
Os mais inativos são os idosos com 65 anos ou mais (38,2%). Além disso, 12% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos disseram não ter feito esforços físicos nesse período. O índice de brasileiros que não são suficientemente ativos chega a 48,7%.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou os resultados como “boas notícias”, mas destacou que não se pode desconsiderar que 15% da população assume ser totalmente sedentária. “Pior do que não ter os 150 minutos de atividade física é não ter nenhum minuto”, disse.
Já em relação à ingestão de frutas e hortaliças, os números mostram que 36,5% dos entrevistados disseram consumir esses alimentos cinco ou mais dias na semana. O índice cai para 24,1% quando se considera a quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções diárias ou 400 gramas.
As mulheres são as que mais diversificam os pratos – entre elas, o índice chega a 28,2% contra 19,3% entre os homens.
Ainda de acordo com o estudo, o consumo de carnes com excesso de gordura caiu no país. Entre 2007 e 2014, o percentual passou de 32,3% para 29,4%. Nesse caso, os homens comem duas vezes mais, com 38,4%, enquanto entre as mulheres, o índice é 19,3%.
O sal, entretanto, permanece bastante presente no prato do brasileiro. A frequência de adultos que consideram seu consumo de sal alto ou muito alto é 15,6%, sendo maior entre os homens (17,4%).
Os dados mostram também que 20,8% da população toma refrigerante cinco ou mais vezes na semana. O índice, em 2007, era de 30,9%. Alimentos doces são ingeridos cinco ou mais vezes na semana por 18,1% dos brasileiros, sendo mais presentes entre as mulheres (20,3%) do que entre os homens (15,8%). O estudo entrevistou, por inquérito telefônico, 40.853 pessoas com mais de 18 anos que vivem nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal entre os meses de fevereiro e dezembro de 2014.
Matéria publicada pelo site O Serrano