Atletas do vôlei paranaense prometem fazer bonito nas olimpíadas

Com o objetivo de disseminar o trabalho realizado pelos atletas e técnicos do programa Talento Olímpico do Paraná (TOP 2016), o Sinpefepar reproduz aqui uma série de reportagens feita pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Esporte e Turismo (SEET) sobre os esportes que fazem parte do TOP, indo a fundo nas potencialidades de cada um nos Jogos Olímpicos de 2016 e apontando as promessas, as revelações e quem são os atletas de maior destaque dentro de cada uma das 33 modalidades olímpicas contempladas pelo programa.Para a estreia o esporte escolhido foi o voleibol, modalidade coletiva que tem o maior número de bolsistas efetivos inscritos no programa, 135 no total. No TOP, o voleibol integra três modalidades: o vôlei de quadra, o vôlei de praia e o vôlei sentado, representado por atletas do paradesporto. O voleibol está em seis das sete categorias do TOP: formador, escolar, técnico, nacional, internacional e olimpo, ficando de fora apenas da categoria técnico

DA BASE PARA O OURO OLÍMPICO

O Talento Olímpico do Paraná é um programa que atinge o atleta na base, enquanto ele ainda está em idade escolar, passando por jovens em desenvolvimento e até grandes expoentes do esporte mundial. Desde o ano passado, pela primeira vez na história do esporte paranaense, o programa passou a investir também na carreira dos técnicos e aumentou sua capacidade de 1000 para 1500 bolsistas atendidos e investimentos na ordem dos R$ 10 milhões

Com 35 anos de carreira (e, segundo ele, com gás para tantos outros), o treinador da equipe de Maringá, Waldemar da Silva, é um exemplo de profissional vitorioso no voleibol, cuja experiência pode ser traduzida em números: o treinador defendeu a equipe de Maringá em 8 Superligas e foi campeão da Copa Brasil de Vôlei, título nacional do qual muito se orgulha. Dema, apelido que o acompanha desde a juventude, também tem na bagagem a conquista de 28 títulos dos Jogos Abertos por Maringá, Umuarama e Paiçandu, e mais 17 ouros nos Jogos da Juventude, que são nada mais, nada menos, as duas maiores e mais importantes competições esportivas do Paraná.

Dema acha que a ajuda financeira que os atletas recebem vai além da vida esportiva. “Com o TOP os atletas de maior destaque têm mais condições de permanecerem jogando com a gente. Eles ficam no Paraná e aí está a importância do programa, que mantém nossos melhores atletas em suas “casas”, até mesmo porque muitos atletas que não tem tantas condições financeiras acabam, inclusive, ajudando no sustento de suas famílias”, analisa Dema, que defende. “Eu estou militando há anos no esporte do Paraná e esta é a primeira vez que um Governo se preocupa em ajudar também os técnicos. Certamente é uma motivação para podermos trabalhar cada vez mais forte, sabendo que quem cuida do esporte no Estado está do nosso lado”, afirma.

A opinião de Dema é compactuada pelo maior ícone do esporte paranaense atual, o multicampeão Emanuel, único atleta brasileiro a conquistar 3 medalhas diferentes nas Olimpíadas. Mano, como é conhecido entre os amigos, tem 1 ouro, 1 prata e 1 bronze olímpicos. Ele começou a jogar vôlei ainda quando criança, com 11 anos, no Colégio Nossa Senhora de Medianeira, em Curitiba. “O colégio mantinha uma escolinha de vôlei depois das aulas, no período da tarde. O professor de Educação Física era o Pedrão (Pedro Paulo Hesket), que coordenava os treinos. Nossos objetivos eram jogar os jogos metropolitanos participar das competições escolares.

Cauteloso, o atleta de 40 anos diz que quer disputar a Olimpíada no Brasil, mas para isso deve focar na preparação. “A Olimpíada do Rio de Janeiro faz parte dos meus planos a longo prazo. Como no vôlei de praia a classificação é o somatório de pontos dos Circuitos Mundiais de 2015 e 2016, tenho este ano para avaliar e organizar a minha equipe para o próximo ano. Neste momento da minha carreira cada ano tem um aspecto diferente, principalmente pela preparação detalhada para a minha idade. Por isso sou cauteloso em projetar minha participação nos jogos olímpicos”, explica Emanuel.

Desde o início do programa, Emanuel é atleta TOP e na temporada 2013/2014 passou a ocupar a vaga da categoria Olimpo. “Estou satisfeito com o crescimento sustentado do projeto TOP 2016. A cada ano existe maior credibilidade e interesse dos atletas em representar o Estado usando o apoio do projeto. Vejo a repercussão dos resultados durante o Prêmio Orgulho Paranaense. Atletas, técnicos e federações mais engajados em prol do desenvolvimento do esporte no estado. Esse é o melhor resultado que pode existir, o desejo de mudança e valorização”, destaca o craque das quadras de areia.

Seguindo na mesma onda do multicampeão, o líbero Rogério, que atualmente defende as cores do Moda Maringá (equipe paranaense que disputa a Superliga masculina), começou cedo na carreira e hoje desponta como uma promissora novidade do vôlei brasileiro. Com apenas 18 anos Rogerinho foi eleito no ano passado o melhor líbero do mundo na categoria júnior. Segundo ele, jogar ao lado de grandes ícones do voleibol mundial é motivo de orgulho e aprendizado. “Tudo está sendo muito bom para mim, pois estou tendo a oportunidade de crescer como pessoa e profissional. Hoje jogo ao lado de gente muito fera como o Lorena, Renato, Ricardinho, entre outros. Gosto muito de estar com eles, mesmo levando um monte de bolada durante os treinos, mas mesmo assim é bom demais. Estou desenvolvendo muito a parte tática e a cabeça também segue numa evolução crescente

Rogério é atleta TOP Internacional e ganha uma bolsa de R$ 1500,00 mensais. Para ele, o benefício é um divisor de águas na carreira. “Hoje está muito mais tranquilo, a bolsa me ajuda a adquirir meu material esportivo e me dá segurança. Tenho uma poupança onde guardo parte do que ganho e também ajudo nas despesas de casa, mas gasto mesmo com tênis, roupas, tudo em função do meu esporte”, explica o jovem sonhador. “Compartilho o sonho de todo atleta, que é chegar à seleção brasileira. Sonhar todo mundo sonha e eu acho que o sonho de todo atleta é ser campeão olímpico”, define Rogerinho.

As próximas competições estaduais onde deverá haver bolsistas do Talento Olímpico do Paraná serão as fases regionais dos Jogos Escolares do Paraná, no final do mês de abril. Será uma excelente oportunidade para conhecer os atletas que fazem parte do programa e ver como eles estão se saindo em quadra. O exemplo deixado pelos grandes nomes do voleibol serão certamente absorvidos pelos jovens atletas e, ao que tudo indica, nesta jornada não faltarão espelhos para construir novas e brilhantes carreiras.

O programa Talento Olímpico do Paraná e gerido pela Secretaria de Estado do Esporte e Turismo com apoio da Universidade Estadual de Londrina, com recursos provenientes da Lei Nacional e Incentivo ao Esporte, Ministério do Esporte e Copel.

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