Mercado de academias e fitness movimenta mais de US$ 2,5 bi

O setor de fitness no Brasil ganha contornos de Primeiro Mundo. O País segue na dianteira do mercado mundial nos últimos dez anos e já é considerado o maior da América Latina em número de academias, além de ocupar o segundo lugar no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), o mercado brasileiro de fitness passou de 15 mil academias em 2010 para mais de 30 mil em 2014. Hoje, o setor atende 7,6 milhões de pessoas, movimentando economicamente US$ 2,5 bilhões.
 
Com 930 estabelecimentos no segmento, Goiás está entre os dez Estados brasileiros com o maior número de academias, perdendo apenas para São Paulo com 8.687, Minas Gerais 3.884, Rio de Janeiro 3.064, Rio Grande do Sul 2.203, Bahia 1.789, Paraná 1.754, Santa Catarina 1.338, Ceará 1.108 e Pernambuco 975.
 
Além das academias, que investem pesado em infraestrutura, novos formatos e opções para todos os bolsos, este é um mercado que envolve ainda fabricantes de roupas, equipamentos e serviços.
 
Em Goiânia, o empresário Alex Wolpp investiu mais de 4 milhões em um único empreendimento, academia Vitta Fitness, que oferece  treinamento de atletas profissionais para pessoas comuns, movimentando economicamente R$ 6,5 milhões por ano.
 
No complexo de 1.100 metros quadrados, atletas, iniciantes, mulheres, crianças e idosos podem optar por diferentes modalidades das artes marciais, musculação e treinamento funcional. Entre os destaques, técnicas avançadas de ergometria, jump, gap, crossfit, muay thai, jiu-jítsu, boxe, spinning, dança de salão, trx, circuito, localizada, zumba, ritmos, step, pilates e abs.
 
A maioria das academias em Goiânia foi criada para receber um público exigente que procura saúde e bem-estar  nos exercícios físicos, na dança e nas artes marciais mistas. Somadas às exigências dos goianos, a variedade de opções, espalhadas pela capital, as academias têm investido cada dia mais em infraestrutura para oferecer áreas exclusivas para quem deseja conforto. Entre as comodidades, acesso adequado para PNE, estacionamento, brinquedotecas com monitores especializados durante o treinamento dos pais, espaçosos vestiários com água aquecida e guarda-volumes.
 
A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas ideias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética à prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam.
 
Apesar do elevado aumento no número de academias no Brasil, o sedentarismo ainda é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia do que gastava há 100 anos, o que explica por que o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso País. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública.
 
Por que a preocupação com o sedentarismo?
 
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades.
 
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível socioeconômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física a partir da adolescência.
 
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores ou jogando video games.
 
Matéria publicada pelo site Diário da Manhã

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