Nota de apoio às manifestações em todo o país

O Sinpefepar divulga seu apoio às manifestações que tomaram conta de várias cidades em todo o país contra o aumento das passagens.
De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Nascimento, esta luta representa a insatisfação do povo brasileiro, submetido cotidianamente às péssimas condições não somente no transporte público, mas também em outras áreas sociais, como a saúde e a educação. “O preço das tarifas é abusivo e o transporte não é de qualidade. Entretanto, o aumento das passagens que ocasionou o início das manifestações somente foi a gota que faltava para o copo transbordar. A população do Brasil sofre com os demais serviços públicos de má qualidade e agora expressa todo o seu descontentamento com estas manifestações”, explica.
A truculência das autoridades em tratar as manifestações marcou o dia de ontem em todo o país. Houve repressão policial contra as manifestações. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram atirados contra manifestantes, atingindo inclusive profissionais da imprensa. “É inaceitável e não podemos ficar calados frente às ações violentas da Polícia Militar registradas por todo o país. Este é um país democrático e temos o direito de nos expressar e nos manifestar diante de injustiças como essa”, afirmou.
 

As manifestações foram marcadas para às 17 horas de ontem em diversas localidades e reuniu mais de 250 mil pessoas, num evento sem precedentes na história de nosso país. Em São Paulo e Rio de Janeiro foram 100 mil manifestantes/cada. Em Brasília  foram 5 mil manifestantes, que romperam o cerco de segurança e subiram no teto do Congresso Nacional.

Em Curitiba, o movimento teve início às 18 horas e reuniu 10 mil pessoas. Inicialmente, o alvo do protesto era o reajuste das tarifas de ônibus, que passaram de 2,60 reais para 2,85 reais nos dias comuns e de 1,00 real para 1,50 real aos domingos (4ª mais cara do Brasil). Mas a pauta da manifestação foi estendida para incluir ações da Prefeitura e a corrupção.
A manifestação na capital paranaense seguiu pacífica pelas ruas centrais da cidade até o Palácio Iguaçu. Já na frente, manifestantes tentaram entrar no Palácio, chegando a derrubar o portão. A polícia então reagiu atirando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
 

Manifestações contra as tarifas abusivas das passagens urbanas

estenderam-se para o péssimo serviço público brasileiro


 
 
 

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