A Saúde do Profissional de Educação Física

Uma preocupação do Sinpefepar tem sido as implicações
decorrentes da grande quantidade de atividade física que os profissionais estão
expostos. A Educação física é marcada por uma diversidade de atividades que
exigem um envolvimento, tanto físico como mental, resultando por vezes no
comprometimento da integridade física do próprio instrutor. Enquanto o aluno
realiza uma aula a fim de melhorar sua qualidade de vida e saúde, o professor
chega a executá-la, por exemplo, por oito vezes ou mais durante o dia. Os
excessos realizados têm levado a problemas que comprometem não só a saúde, bem
como, geram incapacidades permanentes de atuação deste profissional.
As atividades de natação, ginástica e musculação se encontram
entre estes problemas que acabam por comprometer as funções destes
profissionais ao demonstrar, realizar e corrigir exercícios e atividades
gerais. Nas atividades de musculação além de apresentarem lesões músculo
esqueléticas, também sofrem com os acidentes provenientes dos equipamentos das
salas, sejam eles em condições ou não de uso.
“Nos ambientes abertos também enfrentamos problemas como a
exposição solar, que ainda, associada à atividade física, pode ocasionar a
desidratação, queimaduras e câncer de pele”, lembra Sérgio Nascimento,
presidente do Sinpefepar.
A desidratação é gerada pelo aumento da temperatura corporal
e traz como resposta fisiológica o suor.
“Quando não existe um equilíbrio entre a perda de líquidos e
a reposição, o indivíduo pode apresentar exaustão e choque térmico,
complicações renais e câimbra”, diz Sérgio
O número exagerado de repetições por dia tem levado às lesões
conhecidas como overuse (síndrome do uso excessivo) e estas são de evolução
crônica, ou seja, permanentes. Já as lesões agudas surgem principalmente pelo
stress e falta de atenção na realização ou demonstração de um exercício e
necessitam, na grande maioria, de imobilizações e afastamento das atividades.
Estruturas como joelho, tornozelo e coluna têm sido
lesionadas com maior frequência e quase sempre o profissional não realiza o
tratamento adequado por não ter possibilidade de interromper suas atividades.

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