Suplemento proibido

Em uma de suas visitas de rotina ao sudoeste do Paraná, a fiscalização do CREF9/PR apreendeu frascos Jack3D, suplemento estimulante proibido no Brasil. O dono da academia foi levado pela Polícia Militar à delegacia de Polícia Civil, onde ficou detido. Saiu somente após o pagamento da fiança. Apesar de ser graduado em Educação Física, o dono não estava registrado junto ao CREF9/PR, assim como sua academia, localizada na cidade de Francisco Beltrão-PR. Ambos foram notificados e estão sendo tomadas as medidas legais cabíveis.

Mais uma vez as academias se expõem ao comercializar produtos sem medir os riscos à saúde. O suplemento apreendido promete retardar a fadiga e dar mais força durante um treino puxado. Em nota publicada em julho deste ano, a Anvisa alertou que o estimulante Jack3D está  totalmente proibido no Brasil. Estes novos suplementos se dizem úteis para atletas de alto nível em momentos precisos, para complementar a alimentação com proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais.

Responsável por vários casos de resultados analíticos adversos em atletas do Brasil e do mundo, o Jack3D não é somente um suplemento alimentar, mas contém um vasoconstritor e estimulante do sistema nervoso central, a metilhexaneamina, que constam entre as substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping. Este estimulante possui efeito similar a anfetamina e a efedrina, o que motiva a sua proibição. A Anvisa esclarece também que o Jack3D contém compostos não autorizados, como o DMAA, para uso em suplementos
no Brasil, “por não possuírem segurança de uso demonstrada”. Na mesma nota, a agência adverte: “Os agravos à saúde humana podem englobar efeitos tóxicos, em
especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte.”

Diferentemente dos anabolizantes e esteroides, sabidamente nocivos por todos, os novos produtos são comercializados como se fossem apenas suplementos alimentares. Muitos
consumidores desconhecem a inclusão de drogas estimulantes na composição e os seus perigosos efeitos colaterais. Alguns desses “suplementos” causam dependência e, sem a sua utilização, muitas vezes, o indivíduo “viciado” sente preguiça, fraqueza e falta de vontade para treinar.

A utilização de qualquer recurso para aumentar desempenho sem supervisão especializada pode trazer sérios riscos à saúde. A lactoalbumina, por exemplo, está presente em suplementos e é uma excelente fonte de proteínas quando bem empregado. Mas, como qualquer proteína em excesso no organismo, pode tornar-se tóxica, prejudicando funções renais e hepáticas. Antes de fazer uso de qualquer produto que esteja sendo lançado no mercado, faça uma pesquisa, pois a maioria deles ao menos passou por testes de eficácia e segurança.

 
 
Fonte: Portal do CREF Paraná

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